O artigo apresenta um relato de experiência fruto das realizações de palestras direcionadas aos pacientes e usuários do Centro de Referência em Hanseníase de Mossoró/RN e o Centro Clínico Professor Vingt-Un Rosado-CCPVR, com o tema hanseníase. A presente pesquisa trata-se de discutir sobre o Projeto “Ampliando conhecimento e eliminando os preconceitos: mitos e verdades sobre o adoecimento, tratamento e cura da hanseníase”, que teve como objetivo discutir, esclarecer e orientar sobre a hanseníase e o preconceito que norteia a doença, para isso o projeto abordou os mitos e verdades sobre a hanseníase. A hanseníase por muito tempo foi conhecida como “lepra” uma doença incurável e mutiladora, que carrega consigo um estigma social muito forte, pois na antiguidade a igreja colocava que a doença estava associada ao pecado e era considerada um castigo divino provocando atitudes de rejeição e discriminação dos doentes e sua exclusão da sociedade. Durante décadas, as pessoas com hanseníase foram confinadas em colônias, retiradas e afastadas de seus familiares, sendo impedidas de participar do convívio social, porém, com o avanço das pesquisas e da medicina se obteve a cura da hanseníase, dessa forma não se justifica o preconceito e o isolamento social que era impostos as pessoas hansênicas no passado. Diante das palestras no CCPVR verificou-se que poucas pessoas tem informação sobre a hanseníase e por meio das discussões foi possível realizar esclarecimentos sobre sintomas, contágio, tratamento e cura. Além disso, foi possível ocorrer a desmistificação e desconstrução de preconceitos relacionados à doença. Deste modo, conclui-se que a hanseníase ainda é uma doença de estigma social e que isso ocorre devido à falta de informações das pessoas e esclarecimentos referente à cura.