RESUMOAtualmente, torna-se evidente que a água é uma necessidade universal, um recurso natural imprescindível à alimentação, segurança e bem-estar, e o principal fator limitante para a existência da vida. Nesse contexto, o modelo de gestão hídrica baseado nas cisternas de placas tem se configurado em uma técnica primordial de abastecimento de água, possibilitando não só o acesso à água, mas também, tem atendido às necessidades das sociedades que convivem com a escassez hídrica. Dessa forma, objetivou-se analisar se as cisternas de placas construídas pelo P1MC se adequam a realidade do semiárido brasileiro, caracterizado principalmente pelos baixos índices pluviométricos e pela variabilidade das chuvas no tempo e no espaço. Neste sentido, foram analisados: 1) os dados de precipitação pluvial (série de 61 anos); 2) os Volumes Potenciais de Captação (VPC) de água da chuva; e 3) a correlação entre captação versus consumo de água. Com isso, pôde-se concluir que as cisternas de placas constituem uma tecnologia social imprescindível para atender às necessidades hídricas das populações rurais que convivem com os longos períodos de estiagem e, consequentemente, com a indisponibilidade d’água.