A realização de cursos sobre Segurança do Paciente e a proposta de inovações acerca da temática de Prevenção de Quedas potencializa a construção do conhecimento científico por meio de troca de saberes entre pesquisadores, trabalhadores e estudantes das diferentes áreas da saúde. Teve-se como objetivo identificar o conhecimento de acadêmicos acerca do Protocolo de Prevenção de Quedas no ambiente hospitalar utilizando pré e pós-testes. Estudo descritivo, transversal e quantitativo. Participaram 180 acadêmicos de Enfermagem, Nutrição e Serviço Social de Instituições de Ensino Superior públicas e privadas de Fortaleza-CE. A coleta de dados foi realizada durante o curso “Segurança do paciente: protocolos básicos”, em abril de 2016, o qual foi promovido pelo Grupo de Estudos sobre os Cuidados de Enfermagem em Pediatria da Universidade Federal do Ceará. O instrumento utilizado foram dois questionários estruturados, sendo um aplicado no início (denominado de pré-teste) e outro no final do curso (denominado pós-teste). Foram formuladas cinco afirmações sobre prevenção de quedas, cujas opções de respostas eram: verdadeiro ou falso, objetivando avaliar o conhecimento prévio sobre o conteúdo do protocolo e a construção deste conhecimento ao final do processo. Os dados foram tabulados e analisados com a utilização do Excel. No que se refere ao pré-teste, três questões tiveram maior percentual de respostas corretas assinaladas, a saber: a afirmação verdadeira “São considerados fatores para o aumento de risco de queda: criança ˂ 5 anos e idosos ˃ 65 anos, depressão osteoporose, baixo índice de massa corpórea, alterações metabólicas” (80%); a afirmação verdadeira “Pacientes pediátricos com idade ˃ 36 meses devem ser acomodados em cama com 4 grades” (63%); a afirmativa verdadeira “Deve-se manter elevada uma das grades do berço durante a troca de roupa/frauda da criança” (65%). Duas questões tiveram a opção errada com maior percentual, a saber: a assertiva verdadeira “A avaliação do risco de quedas deve ser feita no momento de admissão do paciente, devendo ser repetida diariamente até a alta do paciente” (55%); e a assertiva falsa “Pacientes pediátricos com idade ≤ 6 meses devem ser transportados em maca” (66%). Quanto ao pós-teste, observou-se que em todas as cinco questões a opção correta obteve maior percentual de resposta, demonstrando uma evolução na assimilação do conteúdo pertinente às questões. Além disso, a média da quantidade de acertos nas questões do pré-teste entre os alunos foi 2,92 no total de 5 questões (aproveitamento de 58,4%). No pós-teste a média aritmética aumentou para 4,49 (aproveitamento de 89,8%). Conclui-se que na comparação dos resultados do pré-teste e do pós-teste, fica evidente que há aumento do conhecimento por parte dos cursistas, contribuindo para a compreensão acerca de prevenção de quedas. É importante salientar que somente a avaliação do aprendizado mediante questionários não garante obtenção total da eficácia de um curso. Sendo assim, o uso do pré e pós-testes como ferramenta de avaliação do aprendizado é uma importante etapa complementar, podendo ser utilizada como instrumento de feedback para palestrantes e cursistas, visando o desenvolvimento e melhoria dos programas de educação permanente.