A transgeneridade não é um fenômeno social novo, no entanto, só mais recentemente vem tendo mais visibilidade depois de muitas lutas de movimentos sociais de diversidade sexual e de gênero. Na área da Saúde Mental a discussão ainda é incipiente. Neste artigo discutimos, com base na Terapia Cognitivo-Comportamental, meios de subsidiar e orientar a prática clínica psiquiátrica e psicológica, focando, sobretudo, no processo de redesignação sexual, mas também pontuando questões importantes no atendimento psicoterapêutico geral voltado para este público. O presente artigo busca compreender como o Brasil tem lidado com as pessoas transgênero e como está estruturado, principalmente em seu sistema de saúde para atender as demandas dessa classe popular, evidenciando ainda, as políticas públicas que tem sido sancionadas em favor desse seguimento social. O artigo foi conduzido através de pesquisa bibliográfica primária, Legislação e Políticas Públicas e secundária, com base em livros e artigos, tanto literatura clínica, quanto de discussão em Ciências Sociais, estando alinhado, desse modo, a uma perspectiva teórico-metodológica transdisciplinar e interdisciplinar, que denota uma abordagem diversa, onde a perspectiva principal é compreender a relação médica com os casos de disforia de gênero. Apesar da escassez de literatura clínica sobre como lidar com o público transgênero, que desejam atendimento em Saúde Mental, diversas são as possibilidades terapêuticas percebidas através da pesquisa para pessoas transgênero, tanto as que se submeterão a hormonioterapia e cirurgias quanto as que desejam atendimento psicoterapêuticos para outros fins. Ressaltando neste ponto a importância da Psicoterapia no atendimento de pessoas transgênero e na própria formação de profissionais capacitados.