O puerpério é o momento caracterizado por modificações fisiológicas, emocionais e psicossociais que se inicia após o parto, sendo considerado um período delicado e de riscos à saúde da mulher em que é necessária uma atenção qualificada e individualizada por parte dos profissionais de saúde. O objetivo do estudo foi investigar as representações sociais de puérperas acerca da assistência recebida pelos profissionais de saúde da atenção básica durante o puerpério remoto e tardio. Estudo descritivo e qualitativo, realizado em Cinco Centros de Saúde da Família em Fortaleza/CE, com 19 puérperas que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: serem cadastradas em uma das unidades pesquisadas, estarem na fase do puerpério tardio ou remoto, com idade igual ou maior a 18 anos. O critério de exclusão eliminou as mulheres com transtornos mentais ou déficits cognitivos. A coleta de dados, deu-se por meio de entrevista semiestruturada, seguindo um roteiro de entrevista. Utilizou-se a Teoria das Representações Sociais como referencial teórico, e o método de análise lexical, com uso do software ALCESTE. Os resultados mostraram que o cuidado em saúde da atenção primária foi representado como insatisfatório, uma vez que não atendeu às demandas de orientação e cuidado das mulheres, devido às dificuldades como, a falta de acompanhamento dos profissionais, educação em saúde insuficiente, ausência ou dificuldade de acesso à consulta puerperal e à visita domiciliar. Por fim, vislumbra-se a necessidade de melhorias na atenção às puérperas pela atenção básica de saúde, fazendo-se necessárias estratégias, políticas e ações intersetoriais que viabilizem mudanças na atuação dos profissionais e na organização dos serviços de saúde, com enfoque na promoção da saúde.