A rapidez na produção e consumo de bens eletrônicos, notadamente celulares e computadores, vem gerando um acúmulo de grandes quantidades de sucatas eletrônicas. Na maioria das vezes esse lixo eletrônico é descartado de forma inadequada, gerando problemas ambientais. Aparelhos de TV, telefones celulares, impressoras e placas de componentes eletrônicos contêm substâncias tóxicas, tais como chumbo, mercúrio e cádmio. Algumas tentativas de aproveitamento de telas de LCD, sobretudo com caracterização e desmonte dos componentes, visam o aproveitamento do vidro e alguns elementos químicos raros na Natureza, como o índio (In). Materiais nobres e raros contidos em equipamentos eletroeletrônicos (inclusive telas de LCD) devem ser reaproveitados; caso contrário teremos o risco de seu desaparecimento nas próximas gerações. O objetivo deste projeto é produzir um instrumento de baixo custo, de uso prático, e sem a necessidade de uso de energia elétrica ou pilhas, como nos polariscópios convencionais comercializados no mercado. Polariscópio é um instrumento de pequeno porte utilizado no estudo das propriedades ópticas dos minerais e outras substâncias sólidas transparentes. É constituído de 2 filtros polarizadores montados paralelamente, um sobre o outro, que quando cruzados gera um campo escuro, permitindo observações de substâncias opticamente isotrópicas e anisotrópicas.. Será útil tanto em pesquisas de laboratório, como em trabalhos de campo. O instrumento será constituído de dois filtros polarizadores paralelos (fragmentos de tela LCD), montados em uma estrutura metálica (zinco), com distância focal entre os polarizadores a ser determinado experimentalmente. Este tipo de aproveitamento de telas de LCD, proposto aqui, é pioneiro e poderá contribuir para o futuro uso deste material para fins ópticos diversos.