Inserimo-nos diariamente em vivências educacionais que nos direcionam a diversos dilemas influindo o ato de avaliar, colocando-nos como sujeitos possibilitados para diagnosticar o nível de aprendizagem desenvolvida pelo discente. Essa concepção de avaliação como instrumento para compreender o processo de ensino-aprendizagem, tem sido cada vez mais entendida como ação crítico-reflexiva, que oportuniza ao professor visualizar sua prática de modo subjetivo para assim redirecioná-la, ressignificá-la com o objetivo de incluir o sujeito nesse processo e permiti-lo questionar acerca de métodos objetivos, autoritaristas e excludentes. No âmbito universitário, professores buscam constantemente aprimorar o ato de avaliar, desmistificando uma perspectiva limitada e egocêntrica onde o docente centra esse processo e determina como deve seguir cada avaliação. Nesse sentido, objetivamos nesse estudo refletir acerca do processo de Avaliação da Aprendizagem no ensino superior como uma prática crítico-reflexiva, que propicia ao docente diagnosticar as dificuldades encontradas pelos discentes no processo de desenvolvimento. Para que a partir desse diagnóstico possa refletir acerca de sua prática, objetivando redimensiona-la e adequá-la as necessidades dos alunos, produzindo resultados satisfatórios. Com a intenção de compreendermos essa temática com propriedade, realizamos uma pesquisa estruturada abordando o método qualitativo. O intuito foi analisar as concepções que professores que atuam no universo acadêmico possuem acerca do processo de avaliação da aprendizagem. Assim, elaboramos quatro questões abertas e entrevistamos um docente recém-formado que a pouco tempo inseriu-se no ensino superior. Após a obtenção das respostas realizamos uma análise comparativa entre as ideias do docente entrevistado e os estudiosos que refletem sobre esse tema evidenciado os aspectos coincidentes e divergentes entre eles. A metodologia utilizada foi o levantamento de referências bibliográficas relacionadas a temática, dessa forma, refletimos sobre a avaliação da aprendizagem à luz de vários autores que objetivam compreender a avaliação em seu real significando, diferenciando esta dos tradicionais exames que perpetuam no modelo educacional deste os tempos mais remotos até a contemporaneidade. Assim, para a fomentação desta discussão nos foi determinante os estudos de Luckesi (2008), Masetto (2003) e Hoffmann (1993), além de outros autores que foram relevantes para o desenvolvimento deste trabalho. Assim, conclui-se nesse estudo a relevância de adotar práticas significativas que possibilitem ao discente potencializar sua formação, evidenciando-o como sujeito determinante nesse processo que requer uma ação dialógica e humanística, uma relação professor-aluno que oportunize estabelecer instrumentos que proporcionem a dialogicidade, isto é, construídos através da dialogicidade, das especificidades do aluno, das dificuldades, do caráter crítico-reflexivo que sustenta do ato de avaliar.