O uso indevido de drogas psicoativas entre crianças e adolescentes é considerado grave problema de saúde pública. Há impacto significativo nesta população nos aspectos cognitivos, psíquicos, físicos e sociais. Para a intervenção diante do contexto de drogadição na infância e adolescência, é importante trabalhar três eixos: escola, família e sociedade. A escola exerce papel importante para promoção da qualidade de vida e suporte para inclusão de crianças e adolescentes com problemas relacionados ao uso indevido de drogas no sistema educativo. Deste modo, a escola acolhedora e inclusiva colabora de maneira significativa no processo de reabilitação do sujeito em drogadição. Objetiva-se relatar o perfil educacional de crianças e adolescentes drogadictos assistidos pela saúde mental no Centro de Apoio Psicossocial – Álcool e outras Drogas (CAPS AD) de um município da Paraíba. Utilizou-se de metodologia ativa, do tipo problematização, envolvendo 30 usuários de 8 a 18 anos de idade assistidos no Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e outras Drogas Infanto-Juvenil, do município de Campina Grande, Paraíba, no período de agosto de 2017 a junho de 2018. Foram traçados os perfis educacionais, mediante rodas de conversas. Conclui-se que dos 30 assistidos, 24 usuários não deram continuidade aos estudos, estacionando em séries de ensino fundamental I ou até em situações de analfabetismo, não sabem ler e/ou escrever, culminando com ausência de noções de matemática. Somente 6 usuários estavam matriculados regularmente na escola. Espera-se contribuir com a formulação de políticas públicas para assistência de crianças e adolescentes em drogadição.