O presente trabalho teve como objetivo investigar as principais dificuldades encontradas pelo ensino de ciências a surdos numa perspectiva bilíngue. Para investigar o ensino de ciências e o ensino de ciências para surdos realizamos uma pesquisa quantitativa para investigar a respeito da escassez de termos em Libras para o ensino de ciências e de natureza qualitativa bibliográfica. Para que pudéssemos ter acesso às principais dificuldades, foi realizada uma entrevista semiestruturada com professores que lecionam a surdos. As pesquisas apontam que o ensino de ciências está distanciado da realidade, não possibilitando a aquisição das competências necessárias para a compreensão do papel do homem na natureza. Neste contexto, o domínio da linguagem científica exige para o ensino de Ciências tanto o domínio da linguagem quanto da prática social. Diante disto, nos deparamos com dificuldades na área de ensino e aprendizagem de ciências para alunos surdos, independente da escola regular ou especial. Conforme a revisão de literatura realizada, as dificuldades encontram-se desde uma formação de professores adequada, quanto à ausência de sinais na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que permitam a inserção de conteúdos científicos nas aulas de ensino fundamental. Algumas perspectivas são sinalizadas para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem pelos surdos como criatividade, dinamicidade, recursos visuais e em especial a Pedagogia Visual por Perlin e Strobel (2006). Os resultados da pesquisa mostraram material limitado, escassez de termos em LIBRAS e que há necessidade de aprofundarmos em leituras e estudos relacionados ao ensino de Ciências para surdos.