O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a percepção dos professores acerca da inclusão educacional das crianças com Transtorno do Espectro do Autismo – TEA. Sabe-se que após a Declaração de Salamanca, de 1994, surgiu a necessidade do Brasil legislar com objetivo de atender tal convenção, culminando em algumas leis. Mas, somente com a lei nº 12.764/12 foi possível atender as crianças autistas no que tange à inclusão das mesmas. A pesquisa tratou as dificuldades relatadas por parte dos professores da rede infantil privada da cidade de Aracaju, como consequência desta lei que está vigorando desde o ano de 2012. Metodologicamente, optou-se por uma pesquisa qualitativa através do estudo de caso. Pesquisou-se doze professores que atuam com crianças autistas em suas salas de aula, através de uma entrevista semi-estruturada com roteiro que identificou a percepção dos mesmos acerca da realidade da inclusão de crianças autistas em sala de aula regular. Nos resultados encontrados evidenciou-se que a inclusão está em processo de avanço, onde apenas um quarto dos professores ainda mantém ou insistem num mesmo planejamento pedagógico para suas crianças autistas. Outrossim, o corpo docente atua com base na prática adquirida em sala de aula e diante do receio do novo e do desconhecido a grande maioria procurou conhecimento sobre o TEA, mas se verificou uma carência na formação dos mesmos. Um problema persistente é a falta de apoio efetivo dentro da sala de aula com auxiliares preparados para lidar com a problemática do TEA.