Pensar o lugar da mulher nos âmbitos sociais, políticos e educacionais faz-se necessário para compreendermos a dimensão ideológica de práticas sexistas que são reproduzidas e reafirmadas cotidianamente nos múltiplos espaços, especialmente, na escola. O sistema patriarcal de ensino é expresso rotineiramente através da linguagem escrita e oral, estando explícita, principalmente, nos livros didáticos, referenciando práticas e sustentando o modo tradicional de conduzir o processo de escolarização a partir de concepções hegemônicas e discriminatórias. Com isso, objetivamos neste trabalho apresentar reflexões acerca do sexismo no contexto educacional, destacando a influência dos livros didáticos e da linguagem no processo de reprodução e reafirmação da divisão social de gênero, enfatizando, também, as especificidades da formação profissional docente e do sistema organizacional do currículo escolar, na perspectiva de contribuir para uma formação inclusiva, integral e não discriminatória. Para isso, utilizamos como metodologia de estudo a pesquisa bibliográfica, tendo em vista a possibilidade de explorar estudos e pesquisas já publicadas para subsidiar as discussões apresentada. Tendo em vista o processo de reprodução e reafirmação da divisão social de gênero nos espaços escolares, podemos buscar reconfigurar o processo educativo a partir de uma perspectiva significativa e inclusiva que ressignifique as representações de feminino e masculino nos diversos âmbitos sociais.