A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, criada em 2008, aprofundou os debates sobre a inclusão de alunos com alguma necessidade especial na educação comum. Esta política tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos estudantes com necessidades especiais. Dessa forma, este estudo tem como objetivo verificar a disposição dos indivíduos com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) incluídos nos diferentes níveis de educação no Brasil, ao longo dos últimos anos. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, com abordagem quantitativa. Onde os dados foram obtidos na base de dados do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Os resultados revelaram que no período entre 2013 e 2017 o número de matrículas na Educação Especial seguiu crescendo tanto no geral como por parte das pessoas com algum tipo de TGD em Classes Comuns e em Classes Exclusivas. Dentre os indivíduos com TGD, os autistas foram os mais incluídos ao longo do anos nas Classes Comuns das escolas brasileiras. Já na Educação Superior, foi possível verificar que o número de matrículas de pessoas com necessidades especiais cresceu 140,4% no ano de 2016 em comparação a 2013. Mesmo diante do crescente número de matrículas de pessoas com necessidades especiais, principalmente com TGD, na educação básica e superior, esse número ainda é bastante reduzido. Por esse motivo se faz necessário uma prática mais efetiva e eficiente das políticas públicas em todos os níveis educacionais, afim de promover uma educação inclusiva de qualidade e adequada para todos os indivíduos.