Devido à grande aplicabilidade na indústria do processo de usinagem, a demanda por fluidos de corte tem se tornado cada vez maior, porém a utilização de óleos minerais tem sido preterida por conta do seu alto impacto ambiental. Por conta disso, a procura por óleos vegetais que possam suprir as funções de um fluido de corte sem causar grandes impactos ambientais e a preferência pelo fluido tipo emulsão tem sido fomentada. Foi estudado então o potencial do óleo de maracujá como alternativo, sendo este epoxidado e misturado com os seguintes aditivos: emulsificante (A), anticorrosivo (B), biocida (C) e antiespumante (D). Através do planejamento fatorial 2^4 foram determinadas as 17 possíveis combinações entre óleo e aditivos e suas características físico-químicas, como Índice de Acidez Total (ASTM D-974), estabilidade oxidativa (EM 14112) e viscosidade cinemática (ASTM D-445). Estudada cada formulação, foram selecionadas as formulações que demonstraram os melhores potenciais. São elas a FC 01, com estabilidade oxidativa de aproximadamente 3 horas, viscosidade de 33,075 cSt e acidez de 0,001 mgKOH/g, e a FC 15, com estabilidade oxidativa de 2,1 horas, viscosidade de 35,627 cSt e acidez de 0.001 mgKOH/g, sendo a 01 a melhor entre elas devido à maior estabilidade. Concluiu-se que o óleo de maracujá pode ser utilizado como base para um fluido de corte, entretanto o acréscimo de aditivos foi essencial para a melhoria das características físico-químicas do óleo.