O querosene de aviação é produto da destilação fracionada do petróleo e sua temperatura de ebulição está entre 130 e 300°C. Quimicamente é composto por hidrocarbonetos com cadeias carbônicas contendo de 9 a 16 átomos. Existem também heteroátomos, dentre os quais se destaca o enxofre. Uma vez que a combustão desses compostos gera produtos altamente poluentes, sua remoção é fundamental para minimizar o impacto ambiental atrelado à combustão do querosene. Nesse contexto, o processo de hidrotratamento desponta como alternativa para a remoção do enxofre de derivados de petróleo, sendo sua simulação em estado estacionário de suma importância para indústria. Em razão de ser uma mistura complexa, há grande dificuldade em caracterizar o querosene por meio de métodos convencionais, analisando a quantidade de cada constituinte. Nesse cenário, métodos fundamentados na análise da destilação, se apresentam como alternativa. O ensaio ASTM D86 determina o intervalo de destilação do petróleo e de seus produtos por meio de uma destilação batelada simples. Convencionalmente são gerados pseudocomponentes, com o objetivo de representar o derivado de petróleo. Esses, são obtidos por métodos semi-empíricos e possuem propriedades individuais que não necessariamente correspondem a qualquer componente real. Assim, a obtenção das propriedades necessárias a utilização dos modelos termodinâmicos, como temperatura e pressão críticas é possível pela utilização de equações e correlações empíricas. Uma amostra de querosene de aviação foi caracterizada em 10 pseudocomponentes com finalidade de simular uma unidade de hidrodessulfurização com auxílio do software Aspen HYSYS, obtendo-se uma corrente de combustível com teor de enxofre consideravelmente menor.