A Organização Mundial da Saúde revela que em países subdesenvolvidos, mais de 50% da população adere ao uso dos extratos das plantas medicinais para fins curativos. A diferença da renda entre a população faz com que a parte mais carente da sociedade busque alternativas para promover a qualidade de vida. A população brasileira possui pouca acessibilidade aos medicamentos, e nessa situação o uso de plantas medicinais se faz necessário como alternativa ao tratamento com antibióticos, tendo em vista que essa prática pode contornar a resistência bacteriana em doenças de cunho infeccioso. Diante disso, o objetivo foi analisar o uso popular e a propriedade antimicrobiana do extrato da romã frente a bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus spp. A pesquisa de campo foi realizada pela aplicação de um questionário, a feirantes e clientes de uma feira livre, contendo perguntas sobre o uso de plantas medicinais para fins curativos. Foi feito teste in vitro para determinação da atividade antimicrobiana, utilizando o extrato da romã em várias diluições (15mg, 31mg, 62mg, 125mg, 250mg). Posteriormente, foi realizada a análise da Concentração Inibitória Mínima , de acordo com a medição dos halos de inibição bacterianos. Verificou-se nas análises in vitro, que o extrato da romã apresentou potencial antimicrobiano frente aos microrganismos testados nas análises laboratoriais, com Concentração Inibitória Mínima (CIM) a partir de 15mg. A partir dos testes realizados, verificou-se que essa planta medicinal pode ser uma alternativa considerável para o tratamento de infecções causadas por Staphylococcus aureus e Streptococcus spp.