O uso indevido de drogas psicoativas entre crianças e adolescentes é considerado grave problema de saúde pública. Há impacto significativo nesta população nos aspectos cognitivos, psíquicos, físicos e sociais. O VI Levantamento Nacional sobre o consumo de drogas Psicotrópicas realizado em 26 Capitais Brasileiras e Distrito Federal no ano de 2010 pelo CEBRID entre Estudantes e Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública e Privada constatou que 42,4% dos jovens já haviam experimentado bebida alcoólica, 9,6% consumiram tabaco e 15,4% utilizaram outras drogas. Objetiva-se relatar a experiência de intervenções terapêuticas para promoção de qualidade de vida de crianças e adolescentes dependentes químicos. Utilizou-se de metodologia ativa do tipo problematização, com 30 usuários de 8 a 18 anos de idade assistidos no Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e outras Drogas Infanto-Juvenil, do município de Campina Grande, Paraíba, no período de agosto de 2017 a abril de 2018. Na presente intervenção foram ofertadas oficinas com caráter preventivo e de promoção da saúde, versando acerca dos sentimentos, relacionamentos e condutas. Este trabalho fomentou estratégias de promoção à saúde e qualidade de vida aos dependentes químicos em reabilitação, demonstrada pela participação ativa nas oficinas sócio-educativas. As intervenções promoveram reflexões acerca das condições favoráveis para cada indivíduo efetivamente se recuperar, repercutindo positivamente no progresso do tratamento. Conclui-se que a educação em saúde é ferramenta eficiente na promoção de qualidade de vida dos drogadictos em reabilitação.