O autismo caracteriza-se pela ruptura nos processos fundamentais de socialização, comunicação e aprendizado. O diagnóstico do transtorno requer pelo menos seis critérios comportamentais, como o uso de formas não verbais de comunicação e interação social, não desenvolvimento de relações interpessoais, ausência de compartilhamento de experiências e de comunicação e falta de reciprocidade social ou emocional. O cerebelo sendo primordialmente responsável pela função motora, ele também desempenha um papel na integração multissensorial, que por sua vez recebe projeções de todas as suas modalidades, como por exemplo, o auto movimento que requer integração de informações vestibulares, visuais, proprioceptivas e somatossensoriais. O objetivo desse trabalho foi revisar as alterações anatômicas cerebelares em indivíduos diagnosticados com TEA e discutir as complicações dessas alterações para o desenvolvimento e integração dos sistemas corporais. Trata-se de revisão integrativa por meio de estratégia de busca nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Scielo e Science Direct. Os termos estabelecidos para compor a busca foram “cerebellum”, “autismo, “anatomical alteration, “disturb” e “human”. Algumas alterações achadas em indivíduos com autismo são hipoplasia na sub-região do vermis, densidade anormal das células de Purkinje e anomalias dos seus núcleos profundos, incluindo os núcleos fastigeal, globoso e emboliforme. O transtorno do espectro autista é uma síndrome proveniente de alterações precoces. Todas as características do autismo indicam que mecanismos biológicos são centrais na etiologia do processo.