As plantas submetidas a estresse salino, hídrico e de altas temperaturas apresentam uma serie de efeitos em seu desenvolvimento celular. Atualmente um dos grandes desafios dos cientistas de plantas é compreender e tentar manter a produtividade de plantas sob condições ambientais desafiadoras. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito dos estresses salino e hídrico, associados à altas temperaturas, no crescimento e na anatomia de plântulas de feijão de corda (Vigna unguicula (L.) Walp). Sementes de V. unguiculata cultivar IPA 206 foram semeadas em papel de filtro umedecido em água destilada (controle), solução de NaCl 100mM (estresse salino) ou Manitol 200 mM (estresse hídrico), e colocadas para germinar durante 7 dias, em câmara de germinação com fotoperiodo de 12 horas; temperatura alternada (35/200C). Os resultados mostraram que os estresses testados inibiram o crescimento de plântulas de V. unguiculata e que houve um efeito similar no comprimento de plântulas submetidas a estresse salino e osmótico. A massa seca da raiz diminuiu em resposta ao estresse hídrico e salino, mas não sofreu alteração em resposta ao estresse salino na parte aérea, apesar de mostrar diminuição em resposta a esse estresse nas raízes. Além disso, foram observadas modificações na anatomia de hipocótilos dessas plântulas em resposta a ambos os estresses. Dessa forma, a salinidade e o estresse hídrico parecem interferir nos processos de absorção de água e nutrientes, provocando diminuição da taxa de crescimento celular, o que pode levar a consequências no metabolismo de plântulas de feijão.