Os métodos e medidas utilizadas por produtores agroecológicos para a captação e uso de água limpa ou potável são formas de práticas sustentáveis, em busca da sobrevivência e de luta diária para manter a agricultura e a pecuária de subsistência. Diversos tipos de tecnologias estão disponíveis para este fim, como por exemplo, coletores instalados em telhados, cisternas, poços tubulares superficiais e profundos. Práticas sustentáveis de uso deste importante recurso natural finito devem auxiliar a utilização dos princípios agroecológicos por meio dos produtores rurais. Este trabalho tem como objetivo avaliar os métodos utilizados para a captação e uso da água, por meio produtores rurais, na produção agroecológica no município de Sumé, PB. A manutenção de práticas produtivas sustentáveis depende do acesso a água. Utilizamos a pesquisa de Survey, com aplicação de questionário semiestruturado, para a identificação das estratégias de manutenção das atividades produtivas dos que aderiram aos princípios agroecológicos, residem e comercializam seus produtos na feira agroecológica do município de Sumé, PB, localizado na região do Cariri Ocidental, semiárido paraibano. Para análise dos dados utilizamos o pacote do Microsoft Office 2016. Para 90% dos entrevistados a cisterna é a forma usada para o armazenamento de água. A captação da água de chuva é praticada por 80% dos produtores. Apenas 40% dos entrevistados utilizam a prática do reuso da água para irrigação, apesar de que 50% dos produtores já conhecerem métodos de reuso por meio de cursos de capacitação. O volume médio de água usado na irrigação da produção de origem agroecológica é de 17 m³ por semana. O volume de água utilizado para a produção de 1 kg de hortaliças é igual a 171 litros (0,171 m³) e para a produção de 1 kg de frutas é de 25 litros (0,025 m³). As formas de captação e armazenamento da água, o baixo nível tecnológico aplicado à produção associado a dependência climática local, evidenciam que o limitante para aumento da produção agroecológica no município de Sumé, PB, ainda continua sendo a escassez de água devido à ausência de precipitações, o que inviabiliza a segurança hídrica em nível de propriedade rural.