A utilização da terra para o sustento humano sobrevém desde os princípios da humanidade para utilização de meios agrosilvipastoris. Contudo, os processos de territorialização e interiorização incentivaram uma ocupação com o uso inadequado de apropriação do espaço e consequentemente uma utilização insustentável dos recursos naturais do semiárido brasileiro (DANTAS, 2013). O uso do geoprocessamento em conjunto com imagens de satélites, em estudos da degradação ambiental, são instrumentos extremamente úteis, pois permitem maior dinâmica no processo da geração das informações, possibilitando maior produtividade, rápida atualização e versatilidade no manuseio dos dados, conforme pode ser observado em relevantes trabalhos sobre degradação ambiental ou desertificação (BARBOSA et al., 2007; SÁ et al., 2006; FEOLI et al., 2002). Este trabalho teve como objetivo elaborar mapas temáticos que retratem a evolução espaço-temporal da degradação das terras do município de Sumé-PB, em um período de 20 anos, através da análise de imagens orbitais obtidas do satélite Landsat/TM-5. A área de estudo compreende o município de Sumé, estado da Paraíba, com uma extensão territorial de 838,6 km²; localizado na mesorregião da Borborema e na microrregião do Cariri Ocidental (AESA, 2012) cuja principal rede de drenagem é caracterizada pelo rio Sucuru. A sede do município distancia da capital, João Pessoa, 264 km. Para alcançarmos os objetivos propostos, foram utilizadas cenas obtidas a partir do catálogo de imagens do INPE. As imagens utilizadas foram adquiridas dos satélites Landsat 5, sensor TM, para órbita/ponto, 215/65, levando em consideração o mês de agosto dos anos de 1990 e 2010. Um dos critérios para as escolhas dessas cenas deu-se a partir da baixa cobertura de nuvens para o quadrante no qual se apresenta a cidade de Sumé-PB. Por meio do site da AESA, foram obtidos os dados pluviométricos anuais, para área em estudo, assim como os arquivos em shape para auxílio na produção dos mapas. Utilizando o SPRING, versão 5.2.7, desenvolvido pela divisão de processamento de imagens (DPI) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Verificando os valores obtidos, percebe-se que de 1990 a 2010 a quantidade de água aumentou, cerca de 0,51%. Observa-se que a variação da área de solo exposto é de 13,77%, levando-se em conta que essa classificação também considera áreas descobertas para preparo da terra à agricultura. Foi possível observar a devastação espaço-temporal do comportamento da degradação ambiental, onde notou-se que os índices de vegetação variam de acordo com a ocorrência ou não de chuva ocasiona uma diminuição/aumento no IVDN. Pelos resultados obtidos observamos que de 1990 até 2010 área de solo exposto teve um acréscimo de 13,77% e que cerca de 32,54 % (27162,99 ha), de vegetação semi-densa, foi retirada do local em estudo.