Objetivou-se com este estudo diagnosticar as tecnologias de captação e armazenamento de água das chuvas no semiárido paraibano. O desenvolvimento do estudo deu-se por meio da coleta de dados secundários, levantamentos bibliográficos e documentais. O sertão paraibano apresenta sete microrregiões (Cajazeiras, Catolé do Rocha, Itaporanga, Patos, Piancó, Serra do Teixeira e Sousa), considerando a abrangência da região escolhida para estudo, foram adotadas como microrregiões amostrais: Cajazeiras, Patos e Serra do Teixeira. A primeira proposta em escala regional de combate aos efeitos da seca foi o Programa de Mobilização e Formação para a Convivência com o Semiárido (P1MC), elaborado pela Articulação do Semiárido Brasileiro, que previa a mobilização de mais de cinco milhões de pessoas (um milhão de famílias rurais), tendo como eixo a construção de cisternas para a captação e armazenamento de água para o consumo humano e a formação em convivência com o Semiárido. As principais tecnologias identificadas no sertão paraibano nos últimos anos foram: Cisternas de placas (52 e 16 mil litros), Cisternas de enxurradas e as Barragens. Em 2007, a Articulação do Semiárido Brasileiro lançou outro programa integrador, o (P1+2) que busca assegura além da água, a terra, cujo objetivo é reduzir os riscos da atividade agrícola, contribuindo desta forma para o aumento na produção de alimentos por meio de processos participativos. De acordo com o que foi estudado e observado recentemente, as tecnologias hídricas são para o Semiárido brasileiro instrumentos de um novo modo de vivência e sobrevivência.