A água além de ser um recurso essencial à sobrevivência humana, também é essencial para o
desenvolvimento das atividades agrícolas e o provimento de alimentos, sendo de importância vital
também aos ecossistemas tanto vegetal como animal das terras emersas. A disponibilidade de água no semiárido sempre foi um fator limitante em relação ao desenvolvimento da região semiárida do Brasil e apesar dos
esforços, os problemas com a escassez ainda são recorrentes, tornando as populações, em especial
as dispersas das zonas rurais e das pequenas cidades, vulneráveis à ocorrência das estiagens prolongadas. Com
isso, o presente trabalho visa realizar um levantamento sobre a evolução do sistema de
abastecimento de água na zona rural do Estado da Paraíba tendo os longos períodos de estiagem e a
dificuldade de acesso por parte dessa população, além de um breve comparativo entre o atual
sistema de distribuição nas zonas urbanas e rurais. A metodologia está baseada numa pesquisa bibliográfica e descritiva, a coleta de dados se
deu através dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) disponibilizados no Sistema
IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) que objetivam acompanhar a sustentabilidade do
padrão de desenvolvimento do país. Os dados são referentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), sendo esta uma pesquisa por amostra probabilística de domicílios, de abrangência nacional,
planejada para atender a diversos propósitos. Visa produzir informações básicas para o estudo do
desenvolvimento socioeconômico do País e permitir a investigação contínua de indicadores sobre
trabalho e rendimento. A partir dos dados levantados torna-se ainda mais fácil a identificação das dificuldades
encontradas na Paraíba, principalmente na zona rural, quanto ao abastecimento e distribuição de
água, o que acarreta além de vários problemas de saúde oriundos da água de má qualidade, a
necessidade de migração da população rural em prol da própria sobrevivência, além do agravante da drástica redução da agropecuária na região, agravando ainda mais as recorrentes crises causadas
pela seca e pela má gestão e distribuição dos poucos recursos hídricos disponíveis.