Resumo: A análise dos acessos vasculares para hemodiálise nos idosos é relevante para sua qualidade de vida. Este estudo investigou o perfil de acesso vascular em idosos no interior do Brasil. Objetivo: Avaliar os acessos vasculares em idosos a fim de obter dados que são escassos na literatura médica e correlacionar com as orientações da National Kidney Foundation. Método: Foi avaliado o serviço de hemodiálise do Nordeste brasileiro. Descreveu-se, através de questionário, dados clínicos gerais e de seus acessos vasculares para hemodiálise de todos os pacientes e separamos os resultados de pacientes acima de 65 anos. Resultados: De 172 pacientes que eram submetidos a diálise, 53 (30,8%) eram idosos. Dentre os idosos, fístulas arteriovenosas foram encontradas em 32 (60,4%) e estavam em uso; 21 pacientes utilizavam cateter venoso central; 31 fístulas foram confeccionadas com tecidos autógenos e uma foi confeccionada com prótese de politetrafluoretileno (PTFE). Entre os 21 pacientes com cateteres venosos centrais, onze eram de curta permanência e dez eram de longa permanência. Entre todas as fístulas, a rádio-cefálica esquerda foi a mais encontrada, 15 (28,3%), e membro direito, em 8 (15,1%). O número de pacientes que tinham apenas uma fístula confeccionada e que estava funcionando correspondeu a 5 (9,4%); todos os pacientes idosos entraram em programa de hemodiálise através de cateteres. Conclusão: A Unidade de hemodiálise está aquém das orientações do National Kidney Foundation para acessos vasculares que advoga que 66% dos pacientes tem de dialisar por fístula arteriovenosa, quando se relaciona público idoso.