O envelhecimento pode ser definido como um processo fisiológico onde há diminuição progressiva da
capacidade funcional. Dentre as principais alterações inerentes a esse processo, destacam-se as quedas.
Avaliar o medo de cair em um grupo de idosos participantes de um programa de prevenção de quedas na
cidade de Maceió, AL. Trata-se de um estudo transversal, realizado com os dados dos participantes do
ambulatório de prevenção do risco de quedas em idosos da Santa Casa de Maceió. Para este estudo foram
analisados os dados referentes ao medo de cair, através da escala Falls Efficacy Scale Internacional – Brasil,
FES-I. Para elucidar a influência das diversas variáveis socioeconômicas sobre os escores do teste FES-I
realizou-se uma regressão linear multivariada. A amostra desse estudo foi composta por 51 indivíduos, onde
identificou-se predominância do gênero feminino. A média de idade encontrada foi de 69,8 anos (dp=±
9,32). As atividades que representaram maior medo foram: limpar a casa, subir e descer escada, andar sobre
superfície escorregadia, caminhar sobre superfície irregular, subir e descer ladeiras. Modelo multivariado que
melhor explica a variação em FES-I foi boa percepção de saúde, escolaridade e repercussão funcional. As
atividades que representaram maior medo em relação a queda foram as relacionadas a ambientes que
requerem maior controle de equilíbrio para o desempenho das mesmas. A escolaridade a boa percepção de
saúde mostraram-se como fatores protetores para o medo de queda ter repercussão funcional como fator de
risco.