Introdução: A elevação na expectativa de vida é uma conquista e pode ser considerada uma consequência das inovações tecnológicas e científicas na área da saúde (1). Por outro lado, essa mudança demográfica vem acompanhada de um acréscimo significativo de incidências de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre as DCNTs que acometem as pessoas na fase do envelhecimento, as demências se destacam por terem características que não afetam apenas o indivíduo doente. Mas se estendem a toda estrutura familiar e à sociedade, causando nelas um grande impacto psicossocial e econômico (2), ou seja, devido à gradativa inversão da pirâmide populacional e concomitante aumento do número de patologias relacionadas ao envelhecimento, como o Alzheimer, viu-se a necessidade de realizar uma revisão sistemática da literatura para encontrar quais tecnologias assistidas utilizadas para o acompanhamento do idoso com Alzheimer e seu cuidador possuem melhores resultados. Objetivos: Analisar a literatura disponível sobre o uso da teleassistência como intervenção de enfermagem no cuidado ao idoso com demência e seus cuidadores; Identificar na literatura as principais tecnologias assistidas no cuidado ao idoso com demência e seus cuidadores e, Identificar os instrumentos de avaliação dos idosos com demência e seus cuidadores em uso de teleassistência. Método: foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases Lilacs, PubMed, Cinahl e Elsevier, baseado na metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: a amostra constituiu-se de dois artigos envolvendo a temática. Os dois estudos incluídos são estadunidenses. Notou-se a necessidade de maior participação direta da enfermagem no uso da teleassistência e consequente aumento da produção de pesquisas sobre a temática. Discussão: houve uso do telefone e de câmeras para acompanhamento dos idosos e seus cuidadores em 80% da amostra. Em todos os estudos houve boa aceitação dos cuidadores referente ao uso das tecnologias assistidas para acompanhamento profissional à distância, resultando em maior adesão do paciente ao tratamento proposto, maior número de pacientes sob tratamento profissional, diminuição da sobrecarga do cuidador, maior conhecimento sobre a patologia de base e patologias relacionadas, e melhora da qualidade da assistência. Conclusão: o uso das tecnologias assistidas pode ser considerado uma alternativa viável na prestação de cuidados de qualidade e de fácil acesso no acompanhamento de idosos com Alzheimer e seus cuidadores.
Referências:
1. MATOS, Paula Cristina Barros de; DECESARO, Maria das Neves. Características de idosos acometidos pela doença de Alzheimer e seus familiares cuidadores principais. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiania, v. 14, n. 4, outubro/dezembro, 2012. Disponível em: . Acesso em: 13 abr. 2017.
2. SANTOS, Ariene Angeline dos; PAVARINI, Sofia Cristina Iost; BRITO, Tábatta Renata Pereira de. Perfil dos idosos com alterações cognitivas em diferentes contextos de vulnerabilidade social. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, jul-set, 2010. Disponível em: . Acesso em 05 de janeiro de 2017.