Introdução: O envelhecimento da população tem criado novas demandas diante das quais o sistema de saúde deverá se reorganizar. À medida que uma doença progride, torna-se maior a necessidade de cuidados paliativos, o que os torna quase que exclusivos ao final da vida. Objetivo: Compreender como reagem à morte os fisioterapeutas que cuidam de pacientes oncológicos em fase terminal. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo de caráter exploratório, no qual participaram quatro fisioterapeutas da equipe de Cuidados Paliativos, do Hospital Ophir Loyola. As informações foram colhidas através de uma entrevista semi-estruturada e analisadas por conteúdo. Resultados e discussão: Os relatos dos fisioterapeutas geraram quatro categorias de análise: Relação profissional-paciente: o processo de cuidar e suas dificuldades; Sentimentos e seus significados em relação ao processo de morte e morrer; O apoio encontrado na equipe multiprofissional; Tríade equipe de saúde - paciente – família: os desafios e as expectativas encontradas em relação ao futuro do paciente. Conclusões: Em geral, a relação entre o fisioterapeuta e o paciente é de extrema importância para ambos, mesmo que alguns profissionais prefiram manter levantado um escudo de proteção emocional entre si. Diante de uma morte, o apoio da equipe multiprofissional faz-se fundamental para compartilhar experiências e suportar a dor da perda. E não se deve esquecer que é necessário ao profissional ser verdadeiro e sincero, fornecendo informações concretas e reais, para que as relações tanto com o paciente quanto com seus familiares sejam de total confiança.