O aumento da longevidade proporciona uma reflexão acerca do processo de envelhecimento e sua influência direta na qualidade de vida dos indivíduos, sendo a cognição um dos fatores de interferência na Qualidade de Vida dos idosos. Este estudo objetivou avaliar a relação da Qualidade de Vida com o estado cognitivo em idosos domiciliados. Trata-se de estudo quantitativo, observacional, transversal, com amostra de 171 idosos de sessenta anos ou mais, de ambos os sexos, residentes em domicílios. Para obtenção dos dados utilizou-se um instrumento estruturado contendo questões sócio-demográficas, WHOQOL-BREF, WHOQOL-OLD para avaliar a QV, e Mini Exame do Estado Mental. Os dados coletados foram armazenados em planilhas do Excel, importados para o software Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 22 e analisados por meio de estatística exploratória. A amostra apresentou um predomínio de idosos do sexo feminino (69%%); na faixa etária de 65-69 anos (24,6%); casados (52,5%), morando com cônjuge e filhos (31,6%); analfabetos (33,3%), renda mensal familiar de 1 a 3 salários mínimos (50,9%). Os aspectos da Qualidade de Vida dos idosos que apresentaram maior média foi o domínio ¨Social¨ e a faceta ¨Habilidades Sensoriais¨. Ao relacionar a Qualidade de Vida com o estado cognitivo não obteve significância estatística. Estas informações evidenciam condições de vulnerabilidade dos idosos do estudo, resultante da associação de diversos fatores, desta forma, estudar esta interação possibilita identificar aspectos na vida do idoso que sejam passíveis de intervenção, possibilitando a formulação de estratégias que previnam doenças, incapacidades e promova, sobretudo, a sua saúde.