Introdução: Em se tratando de cuidados paliativos é necessário não resumir-se a esfera biológica, sobrelevando o estado terminal fisiopatológico. Partindo do pressuposto de que o ser humano é um indivíduo holístico, deve-se considerar o âmbito psicológico, emocional, assim como os fatores que corroboram na espiritualidade da pessoa que recebe os cuidados, sendo a enfermagem o profissional que possui a perspicácia para distinguir a prática adequada para o cuidado no final da vida. Este relato objetiva compartilhar a experiência vivenciada por acadêmicos na realização de cuidados paliativos em um paciente idoso portador de Esclerose Lateral Amiotrófica, em Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público. A proximidade com o divino em fase final da vida oportuniza o manejo da espiritualidade com a delicadeza da musicoterapia religiosa. Deste modo, tais práticas são relevantes para a provisão de bem estar ao paciente terminal. Metodologia: A vivência foi oportunizada pelo ensino teórico prático aplicado em atividades acadêmicas, durante o mês de setembro de 2017. Resultados e Discussão: Baseado nas preferências religiosas e manifestação de credo a equipe organizou um momento de cânticos e preces sacrossantas conforme a sua fé, juntamente com a demonstração de afeto e desvelo através de alegorias utilizando origamis de pássaros coloridos, com a moral de que a história vivida por ele não impõe limites para tocar outras vidas que não estejam também encarceradas dentro de seu próprio corpo, mas sim livres e necessitando valorizar a dádiva de estar no mundo. Conclusão: Para alcançar êxito na assistência paliativa é imprescindível que a equipe esteja de saúde preparada com uma abordagem holística e humanizada para cuidar do indivíduo de modo integral. Proporcionando, deste modo, a oportunidade de o cliente se expressar-se, partilhar seu sofrimento e aliviar sua angústia.