A parcela da população idosa mundial vem crescendo no decorrer das últimas décadas, fruto de um crescente esforço social, tecnológico e das ciências da saúde. Diretamente relacionada com o envelhecimento populacional, está o aumento das doenças neurodegenerativas e dos distúrbios psiquiátricos, patologias frequentemente envolvidas com este grupo e que estão estreitamente associadas com o crescimento no uso de fármacos psicotrópicos entre os indivíduos maiores que 65 anos. Acredita-se que os idosos institucionalizados sejam mais vulneráveis a prescrição inapropriada destes medicamentos, além de estarem mais suscetíveis à polifarmácia. Essa revisão descreve a prevalência, erros de prescrição e fatores de risco associado a polifarmácia de psicotrópicos em idosos institucionalizados. Para essa revisão sistemática foram revisados os 32 artigos encontrados que continham as palavras “elderly”, “psychotropic drugs”, “nursing home” e “polypharmacy” publicados na língua inglesa, no período de 2007 a 2017, disponíveis no PUBMED.gov. A prevalência entre idosos institucionalizados com pelo menos um erro de prescrição variou de 16,7% - 75,4% nos estudos, mostrando dependência com o critério utilizado. A administração de drogas psicotrópicas mostrou aumento, especialmente de antidepressivos sedativos (15%) e não sedativos (9%). Os riscos mais evidentes apontados envolvendo a polifarmácia de psicotrópicos em idosos foram: efeitos adversos relacionados aos fármacos utilizados; interação entre as drogas associadas; erros na dosagem, manipulação, e distribuição dos medicamentos; quedas; aumento da hospitalização e aumento da mortalidade. Devido aos potenciais danos e efeitos adversos da polifarmácia e dos erros de prescrição em idosos, deve-se buscar uma estratégia que vise a individualização no tratamento de cada idosos. Almeja-se também a efetivação da comunicação entre idosos e cuidadores, a fim de que se alcance um nível de tratamento com um risco-benefício favorável.