O envelhecimento da população é um fenômeno universal que vem acontecendo através da história da humanidade, mas se manifestou mais significativamente no século XX. De acordo com a OMS à medida que os indivíduos envelhecem, as doenças não transmissíveis tornam-se as principais causas de morbidade, incapacidade e mortalidade em todas as regiões do mundo, inclusive nos países em desenvolvimento. Além dos medicamentos alopáticos a utilização de plantas medicinais tornam-se uma alternativa viável no combate ou alivio de sintomas das mais diversas enfermidades. Sabendo disso, o estudo teve como objetivo a realização de pesquisa etnobotânica com detentores do saber popular do Sítio Olho D’água do Púcaro, Brejo da Madre de Deus-PE visando catalogar as espécies vegetais empregadas para melhoraria da qualidade de vida dos idosos. O estudo foi constituído por método exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa através de um formulário semiestruturado, com base nas informações referentes aos perfis socioeconômico e etnobotânico e, as origens da vertente do conhecimento popular. O estudo foi constituído por 45 indivíduos de ambos os sexos, verificou-se que a população detentora do conhecimento medicinal é constituída em sua maioria por indivíduos do sexo feminino, na faixa etária de 60-86 anos, com grau de escolaridade de 60% de analfabetos, com renda familiar de 2-3 salários mínimos (57,8%). Sendo os conhecimentos obtidos através dos seus familiares (93,30%). Catalogou-se 47 espécies vegetais foram catalogadas, com indicação para 28 enfermidades que acometem idosos, sendo a espécie Morinda citrifolia L. a mais citada, e dentre as enfermidades a Hipertensão, o Diabetes mellitus, problemas cardíacos, Hipercolesterolemia, Alzheimer, Artrite, Reumatismo, Depressão, Insônia e Envelhecimento da pele. A folha foi à parte do vegetal mais utilizada sendo usada na forma de infusão. Observou-se que os entrevistados ostentam um vasto conhecimento relacionado ao uso de plantas com caráter terapêutico para o tratamento das mais diversas enfermidades. No entanto, maior parte dos interrogados não apresentou domínio total acerca da posologia e efeitos colaterais, o que evidencia a necessidade de pesquisas científicas que esclareçam esses efeitos no organismo, com a finalidade de tornar a medicina popular uma fonte confiável e segura quando utilizada.