A obesidade é uma condição crônica que envolve fatores sociais, comportamentais, psicológicos, metabólicos e genéticos. O processo de envelhecimento acarreta diversas alterações na capacidade funcional dos idosos, entre as variáveis mais afetadas estão a força, equilíbrio, flexibilidade, agilidade e coordenação motora. Estudos demonstram que a prática de atividade física (AF) diminui em 40% o risco de morte por doenças cardiovasculares e, associada a uma dieta adequada, é capaz de reduzir em 58% o risco de progressão do diabetes tipo II. O presente estudo tem por objetivo verificar a prevalência de obesidade e prática de AF em idosos participantes de um projeto de extensão na cidade de Picos-PI. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, realizado no período de abril a agosto de 2017, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da zona urbana na cidade de Picos-PI. A coleta foi constituída de 14 idosos participantes do Projeto Vida Saudável: práticas integrativas de envelhecimento ativo. Foram investigadas as medidas antropométricas (peso, altura e IMC), e questões relacionadas a prática regular de AF, tipo e frequência das atividades dos participantes. Os dados foram compilados e analisados por meio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Para a apresentação dos dados utilizou-se tabelas ilustrativas, contendo os números absolutos e frequências relativas. Dos 14 idosos entrevistados 9 ( 64,3%) apresentaram sobrepeso, enquanto apenas 5 (35,7%) apresentaram IMC adequado. Em relação à prática de atividade física regular, em sua maioria 9 (64,3%) relataram realizar AF regularmente, enquanto 5 ( 35,7%) não adotaram a prática de exercícios em sua rotina. Observou-se que 8 ( 88,9%) dos idosos relataram praticar AF 1 a 3 vezes por semana, 1 (11,1%), indagou fazer diariamente e os outros 5 idosos afirmaram não realizar nenhuma AF. A modalidade de AF mais predominante entre os idosos foi a caminhada 7 (50%), seguida de musculação (35,7%). O estudo permitiu observar a alta prevalência de obesidade na população em estudo, verificada por meio do índice de massa corporal, verificou-se ainda um razoável número de idosos que não incorporaram a prática de atividade física regular e a preferência do grupo pela caminhada. Dessa forma, os resultados obtidos contribuem para a reflexão acerca da importância de propostas que promovam atividades físicas e de socialização aos idosos, atendendo aos diferentes contextos.