Desde o final do século XX tem-se originado uma nova perspectiva socioeconômica e cultural dos idosos no mundo, sendo utilizada para idoso a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), que especifica como população idosa aquela a partir de 60 anos. Essa mudança resultou num diferente paradigma em relação à sexualidade dos idosos, os quais estão estendendo sua vida sexual e tornando-se uma classe com maior incidência de infecções sexualmente transmissíveis (IST), enfatizando nessa pesquisa a infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV). Frente à concepção moderna, marcada pelo uso dos medicamentos para a disfunção erétil e o aumento da atividade sexual desprotegida em pessoas com idade avançada . O presente estudo analisou a incidência de HIV em idosos no estado de Alagoas entre os anos de 2007 até o primeiro semestre de 2017, consistindo em um estudo ecológico temporal baseado em dados secundários coletados do sistema de informação de Agravos e notificações (SINAN). Buscou-se relacionar a situação do estado em diante do crescimento mundial de casos, analisando sexo, período, categoria de relação sexual e municípios com notificação. Conforme a análise dessa investigação percebeu-se a prevalência de indivíduos do sexo masculino com declaração heterossexual e o aumento relevante dos casos notificados entre o período de 2016 ao primeiro semestre de 2017. Diante deste problema de saúde, são necessárias políticas públicas de saúde integradas às específicas na população idosa, que visem a prevenção do HIV, mediante educação sexual, diagnóstico precoce e tratamento integrado dos pacientes já infectados, abrangendo todos os municípios do Estado.