Introdução: Os hábitos populacionais se alteraram ao longo das últimas décadas, e, atualmente, ao mesmo tempo em que encontramos maiores níveis de escolaridade, acesso a serviços de saúde e melhoria das condições básicas de vida (saneamento, vacinação, entre outros), convivemos com aumentos preocupantes dos índices de morbidades e mortalidade. Essa nova tendência fez com que a atividade física e a alimentação saudável sejam focos de diversas iniciativas no âmbito da promoção da saúde, incentivados pelas políticas nacionais, principalmente na atenção básica. Objetivo: Analisar os motivos da desistência dos participantes do Programa Vida Ativa Melhorando a Saúde (VAMOS). Metodologia: Foram acompanhadas 106 pessoas com idade média de 55,4 anos (± 12,3), de ambos os sexos, inscritas no Programa VAMOS oferecido durante 12 semanas em quatro unidades básicas de saúde de Florianópolis/SC. Foi utilizada estatística descritiva e método de sobrevida de Kaplan-Meier para avaliar o momento da desistência no programa. Todos os dados foram analisados no Programa SPSS 20.0. Resultados: A taxa de desistência pelos usuários do programa foi de 48,1% (n=51). Destes, cerca de 30% ocorreu nas três primeiras semanas de participação no Programa. Os principais motivos que levaram os participantes a desistirem do programa foram: trabalho e/ou estudo (43,1%;n=22), problemas de saúde (25,5%;n=13) e um pequeno percentual não se adaptou a proposta do Programa (9,8%; n=5). Conclusão: A maioria dos participantes desistiu por motivos externos ao Programa VAMOS. Sugere-se que as estratégias, principalmente dos três primeiros encontros, sejam revistas com o intuito de aumentar a aderência e permanência no VAMOS.