Os traumatismos intracranianos representam episódios traumáticos de alta letalidade em idosos e, além do mais, os que sobrevivem podem passar a conviver com inúmeras sequelas, físicas ou cognitivas. Nesse contexto, realizou-se um estudo epidemiológico dos traumatismos intracranianos em idosos com faixa etária a partir de 60 anos, no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2016. A pesquisa foi realizada a partir de dados no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Como resultados, a Região Sudeste apresentou a maior taxa de hospitalização em idosos, com 112 internações a cada 100.000 idosos, seguida da Região Sul com 110; do Centro-Oeste com 106; do Norte com 104 e do Nordeste com 76. O Sudeste destaca-se novamente com a maior taxa de óbitos, de 18,6 mortes por 100.000 idosos, seguida da Região Norte com 16,5; do Centro-Oeste com 14,8; do Nordeste com 13,3 e do Sul com 12,9. O sexo masculino representou 66,6% do total de internações e 70% dos números de óbitos. O Nordeste apresentou a maior taxa de mortalidade (15,81%) ao passo que o Sul apresentou a menor (11,69%). Ademais, os custos hospitalares somaram cerca de 37.661.945,968 por ano, nesse período. Diante dos dados obtidos, observa-se o elevado número de ocorrências e óbitos por traumatismos intracranianos, de forma semelhante a outras causas principais de morte em idosos, além de que, as questões populacionais, qualidade e cobertura dos serviços prestados são fatores que influenciam diretamente as variáveis epidemiológicas em questão.