A parcela de indivíduos acima de 60 anos cresce constantemente na sociedade brasileira. De maneira a assegurá-la melhor qualidade de vida, grandes avanços tendem a proporcionar ações que favorecem a continuidade do desenvolvimento de suas atividades, dentre elas a prática de sexo. É notório que a prática do sexo não é realizada apenas por jovens, já que as pessoas idosas, em sua maioria, relatam também permanecerem ativas diante da prática sexual. Diante do exposto, este estudo objetiva identificar os principais aspectos que favorecem o aumento da infecção do vírus HIV/AIDS em idosos, a fim de fornecer dados e informações que despertem o interesse dos profissionais da saúde e da população científica. Este trabalho trata-se de uma pesquisa sistemática com caráter descritivo, realizada em setembro e outubro de 2017, por meio Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE): Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PubMed Unique Identifier (PMID/PubMed) e Base de dados em Enfermagem (BDENF), utilizando-se os descritores ““Infecção por HIV”, “Saúde do Idoso” e “Cuidados de Enfermagem””, cruzados por meio do operador booleano “AND”. Para seleção dos estudos foram considerados como critérios de inclusão: artigos indexados, na íntegra, em idioma português, espanhol ou inglês, publicados nos últimos cinco anos e que versassem sobre a temática em discussão. Foram excluídos aqueles repetidos, que não estivessem disponíveis na íntegra ou considerados literaturas cinzentas. Dentre os 40 artigos encontrados, cinco atenderam aos critérios compondo o corpus para análise. Com a finalização da análise temática, foram estabelecidos três eixos temáticos, sendo (Des)conhecimento do HIV/AIDS antes do contágio, Estigmatização social do idoso assexuado e Estimulação sexual através de medicamentos. Onde o (Des)conhecimento do HIV/AIDS antes do contágio evidencia-se que a ausência de conhecimento sobre o HIV é um dos fatores predominantes de maior contribuição para se contrair a infecção, já que muitos idosos nunca tiveram conhecimento acerca dessa doença. Já a Estigmatização social do idoso assexuado, pois, é algo que é pouco discutido diante da sociedade, até mesmo pelos próprios profissionais e, quando diz respeito especificamente à população idosa, considera-se que esse público não tinham mais condições de realizar a prática. Por sua vez, com o desenvolvimento da indústria farmacêutica, houve um aumento na Estimulação sexual através de medicamentos. Nesse sentido, a utilização desses medicamentos impulsionou o crescimento da qualidade e do número das relações sexuais entre adultos maiores de 50 anos sem se fazer acompanhar de maior adesão ao uso de preservativos, aumentando significativamente o risco de infecção e transmissão do vírus, bem como o número de soropositividade em pessoas idosas. O estudo permitiu tornar evidente o aumento expressivo do número de idosos portadores do vírus HIV, o que reforça a necessidade de se ampliar o olhar para a vulnerabilidade desta parcela da população quanto à infecção e disseminação desse vírus. Portanto, para que as práticas de saúde sexual ocorram satisfatoriamente, faz-se necessário que os profissionais enfermeiros, utilizem uma linguagem compreensiva e direcionada, para a efetivação dessa comunicação.