Artigo Anais V CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

FATORES ASSOCIADOS À ADERÊNCIA DE IDOSOS EM PROGRAMA COMUNITÁRIO DE ATIVIDADE FÍSICA DE UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO

Palavra-chaves: ANÁLISE DE SOBREVIDA, ATIVIDADE MOTORA, IDOSO Pôster (PO) AT-07: Atividade física, estilo de vida e longevidade
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      Estudiosos têm observado, após alguns meses de prática regular em programas de atividade física,\r\n
      casos de desistência e, neste sentido, diversos fatores determinantes podem estar associados.\r\n
      Especificamente, a matrícula ou inserção de idosos em programa de intervenção em atividade física\r\n
      parece não garantir sua permanência ao longo do tempo. Este estudo teve como objetivo analisar\r\n
      fatores associados à aderência de idosos em um Programa Comunitário de Atividade Física de uma\r\n
      capital do nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, caracterizado\r\n
      como uma coorte retrospectiva de base populacional. Para isso, foram investigados 526 registros de\r\n
      idosos entre abril de 2004 e dezembro de 2009, totalizando 69 meses de observação. Os registros de\r\n
      anamnese conferiam dados relacionados à inserção do idoso no programa bem como dezesseis\r\n
      fatores, tratados neste estudo como covariáveis à aderência, as quais foram organizadas em quatro\r\n
      grupos: “indicadores sociodemográficos”, “estilo de vida”, “percepção de saúde” e\r\n
      “doenças referidas por diagnóstico clínico”; além das avaliações físicas que serviram como\r\n
      marcadores de tempo. Os idosos eram do sexo feminino e apresentaram uma média de idade de 66,4\r\n
      ± 5,4 anos. Para caracterização do perfil e aderência da amostra foi utilizada estatística descritiva.\r\n
      Para analisar o tempo de permanência utilizou-se o estimador de sobrevida não paramétrico KaplanMeier. Por fim, para analisar a associação entre as variáveis na aderência, foi aplicado o modelo\r\n
      semi-paramétrico de Cox. Utilizou-se a análise inversa (1/OR) para facilitar a compreensão dos\r\n
      valores significativos, quando necessário. Em todas as análises foi utilizado o intervalo de confiança\r\n
      de 95% e p≤0,05; e a análise estatística feita por meio do SPSS for Windows ® versão 22.\r\n
      Observou-se que, a aderência mediana na coorte foi de três meses; neste tempo, a taxa de aderência\r\n
      foi de 58,1% (IC95% = 54,6 – 61,3), com Estimativa de Risco = 41,82%. O sexo feminino\r\n
      apresentou chance de aderência de 45% (OR = 0,69; IC95% = 0,51 – 0,93) e os sujeitos\r\n
      identificados com osteoporose apresentaram 32% mais chances de aderência (OR = 0,74; IC95% =0,60 – 0,91). Apenas 1% dos sujeitos permaneceram até o fim da coorte. A taxa de permanência foi\r\n
      baixa ao longo da série. O período onde houve maior desistência foi o 3º e o 12º mês, estando\r\n
      associados à aderência o sexo feminino e osteoporose não diagnosticada. Além disso, foram\r\n
      percebidos 6,5 casos de censura.
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Publicado em 19 de dezembro de 2017

Resumo

Estudiosos têm observado, após alguns meses de prática regular em programas de atividade física, casos de desistência e, neste sentido, diversos fatores determinantes podem estar associados. Especificamente, a matrícula ou inserção de idosos em programa de intervenção em atividade física parece não garantir sua permanência ao longo do tempo. Este estudo teve como objetivo analisar fatores associados à aderência de idosos em um Programa Comunitário de Atividade Física de uma capital do nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, caracterizado como uma coorte retrospectiva de base populacional. Para isso, foram investigados 526 registros de idosos entre abril de 2004 e dezembro de 2009, totalizando 69 meses de observação. Os registros de anamnese conferiam dados relacionados à inserção do idoso no programa bem como dezesseis fatores, tratados neste estudo como covariáveis à aderência, as quais foram organizadas em quatro grupos: “indicadores sociodemográficos”, “estilo de vida”, “percepção de saúde” e “doenças referidas por diagnóstico clínico”; além das avaliações físicas que serviram como marcadores de tempo. Os idosos eram do sexo feminino e apresentaram uma média de idade de 66,4 ± 5,4 anos. Para caracterização do perfil e aderência da amostra foi utilizada estatística descritiva. Para analisar o tempo de permanência utilizou-se o estimador de sobrevida não paramétrico KaplanMeier. Por fim, para analisar a associação entre as variáveis na aderência, foi aplicado o modelo semi-paramétrico de Cox. Utilizou-se a análise inversa (1/OR) para facilitar a compreensão dos valores significativos, quando necessário. Em todas as análises foi utilizado o intervalo de confiança de 95% e p≤0,05; e a análise estatística feita por meio do SPSS for Windows ® versão 22. Observou-se que, a aderência mediana na coorte foi de três meses; neste tempo, a taxa de aderência foi de 58,1% (IC95% = 54,6 – 61,3), com Estimativa de Risco = 41,82%. O sexo feminino apresentou chance de aderência de 45% (OR = 0,69; IC95% = 0,51 – 0,93) e os sujeitos identificados com osteoporose apresentaram 32% mais chances de aderência (OR = 0,74; IC95% =0,60 – 0,91). Apenas 1% dos sujeitos permaneceram até o fim da coorte. A taxa de permanência foi baixa ao longo da série. O período onde houve maior desistência foi o 3º e o 12º mês, estando associados à aderência o sexo feminino e osteoporose não diagnosticada. Além disso, foram percebidos 6,5 casos de censura.

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