Introdução: O aumento da expectativa de vida é resultado de uma combinação de fatores que hoje estão sob controle, principalmente, pelos avanços ocorridos na área farmacológica, e também pelas mudanças no estilo de vida da população idosa, pela implantação de novas políticas públicas, além do controle das doenças infectocontagiosas.¹ Deste modo, é o envelhecimento populacional uma das características mais marcantes da atualidade que alcança as mais diversas áreas sociais, inclusive o sistema penal e carcerário. Diante do exposto o estudo teve como objetivo identificar os entraves para qualidade de vida das mulheres privadas de liberdade. Metodologia: Estudo descritivo, tipo relato de experiência, desenvolvido por uma docente e acadêmicas da Escola de Enfermagem e Farmácia Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A experiência surgiu a partir da realização de um Projeto de Iniciação Científica (PIBIC) direcionado à saúde de mulheres em situação de privação de Liberdade, iniciado no mês de julho de 2017, em um presídio feminino da cidade de Maceió. Resultados e discussão: Aumentar a expectativa de vida significa passar por um processo continuo de transformações e mudanças no estilo de vida. Em que as influencias dos contextos sociais e culturais influenciam diretamente no processo de modificações morfológicas, fisiológicas e psicológicas. Deste modo, conjuntura em que essa mulher está inserida faz com que o envelhecimento seja um acontecimento individual, onde cada pessoa irá apresentar evoluções diferentes. Vale ressaltar que os parâmetros socioculturais nos quais cada mulher está inserida interferem de forma direta nas emoções e qualidade de vida no envelhecimento. Neste contexto, destaca-se a interferência do cárcere para o envelhecimento das mulheres em situação prisional, impactando na qualidade física e psíquica das mesmas. A realidade do envelhecer em sistema prisional demonstra que a idade fisiológica de uma encarcerada não condiz com as condições físicas e psíquicas que se apresenta de forma mais envelhecida. No contexto do encarceramento as dificuldades são ainda mais agravadas na saúde da mulher que envelhece em privação de liberdade. O estudo revelou implicações na dinâmica prisional para o envelhecimento da mulher em privação de liberdade, tais como a desigualdade de gênero, o abando da família, o cenário prisional e a privação de liberdade que se estende aos direitos sociais. Conclusão: Diante de tudo isso, podemos inferir que envelhecimento prisional merece atenção tanto em termos teóricos e, especialmente, na determinação de políticas públicas específicas para redução das vulnerabilidades e que garantam a inclusão social de idosos e de indivíduos marginalizados, evitando assim o envelhecimento nas penitenciárias, deste modo, impedindo a superlotação, descaso, condições sub-humanas com aqueles que se encontram no sistema prisional. Referência: 1. Matsudo SMM, Matsudo VKR, Neto TLB. Envelhecimento e atividade física. Rev Bras Med Esporte. 2001; 7 (1): 1517-8692