Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial bastante expressivo também no Brasil. Percebe-se que o crescimento do número de idosos vem trazendo enorme visibilidade perante a sociedade, porém a mesma precisa reformular sua concepção sobre velhice, para ampliar os recursos e oferecer aos idosos serviços que atendam às suas necessidades especificas. Para a promoção de um envelhecimento ativo e saudável algumas mudanças no contexto social e cultural são necessárias.1 Dentre a rede de serviços públicos para atender essa população estão os Centros de Convivência para a Terceira Idade (Cecoms), espaços idealizados para prevenir o isolamento social, com atividades que estimulam e preservam o bem-estar físico e emocional dessa população, valorizando a convivência, as relações familiares e comunitárias.2 Objetivo: Relatar sobre a experiência de um grupo de estudantes em um Centro de Convivência para a Terceira Idade, espaço de aprendizagem e de promoção à saúde. Metodologia: Estudo descritivo, tipo relato de experiência, ao relatar aspectos vivenciados na ocasião do cumprimento de aulas práticas do Componente Curricular “Saúde do Idoso” do 5° período do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes, no ano de 2015. O estudo foi realizado na Casa para Velhice Luiza de Marillac, no município de Maceió/AL, no período de abril à junho de 2015, onde houve a oportunidade de conviver com as idosos durante três meses e vivenciar toda a dinâmica organizacional do referido Centro. Resultados e Discussão: Durante os três meses de convivência constatamos que as idosas necessitam para o seu bem estar de todo um atendimento clínico com profissionais especializados e também de equipamentos de fisioterapia e remédios controlados, pois a maior parte das idosas têm diabetes, hipertensão, mal de Parkinson e Alzheimer. Algumas delas já não andam mais, precisam de ajuda para comer, tomar banho, se vestirem. Durante nossas visitas tivemos a oportunidade de realizar diversas atividades como: oficina de pintura, tarde de jogos e lazer, oficina de crochê, tarde de beleza, bingos e uma festa em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Conclusões: Este estudo permitiu conhecer um espaço até então por nós desconhecido, (re)conhecê-lo enquanto instituição que assiste à população idosa na dimensão biopsicossocial e compreender que ser classificado como idoso não o torna incapaz perante a sociedade. Além disso, a aproximação com o Centro de Convivência para a Terceira Idade fortaleceu o compartilhamento de saberes entre academia e espaço social do idoso, estreitando ainda mais o vínculo docente-discente-idoso-comunidade.
Referências Bibliográficas:
1 – XAVIER, A.G.; SANTOS, R.C. Centros de convivência enquanto estratégia de promoção à saúde do idoso: relato de experiência. Revista de Enfermagem UFPE on line. Recife, 8(10):3555-8, out. 2014. Disponível em: . Acesso em 10 set. 2017.
2 – ANDRADEA, N.B.; CANON, M.B.F.; ZUGMAN, C.L.; AYRES, T.G.; IDE, M.G.; NOVELLI, M.M.P.C. Centro de convivência de idosos: uma abordagem de estimulação cognitiva e psicossocial. Caderno de Terapia Ocupacional UFSCar, São Carlos, v. 22, n. 1, p. 121-128, 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2017.