Introdução: O Brasil vem ampliando consideravelmente a perspectiva de vida entre os idosos, para acompanhar proporcionalmente esse crescimento e possibilitar melhor qualidade de vida a este grupo deve-se implantar políticas públicas de saúde, visando o declínio de agentes agressores, dentre os quais se destaca a violência sofrida pelo idoso, que tornou-se um problema de saúde pública. Assim, foi se tornando necessária a obtenção de direitos, leis e a criação de políticas públicas direcionadas à senescência. Essa pesquisa teve como objetivo avaliar a produção científica acerca da violência doméstica para com pessoas idosas, bem como a atuação da enfermagem nas formas de constatação e as dificuldades de como proceder diante da situação. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão da literatura sobre a violência sofrida pela pessoa idosa e a atuação da enfermagem diante deste contexto. O levantamento bibliográfico foi através das bases de dados BVS e SCIELO, utilizando os seguintes descritores: violência, idoso e enfermagem, baseando a pesquisa nos seguintes critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos cinco anos, disponíveis na íntegra e em língua portuguesa e de exclusão: resultados de resumos publicados. Assim, foram estruturadas neste trabalho as ideias extraídas de 9 artigos. Resultados e Discussão: o perfil dos violentados tem uma grande expressão para o gênero feminino, estado civil: casados, sem escolaridade, a faixa etária entre 60-89, residentes com familiares, com renda de até um salário mínimo, portadores de até uma doença crônica não transmissível e possui até uma limitação para atividades instrumentais de vida diária. Os tipos de violência mais vistos foram psicológica, financeira, física, negligência e outros (autonegligência, abuso sexual e abandono). O tipo de agressor variou entre: cônjuges, filhos, cuidadores e sobrinhos. Sobre a atuação de enfermagem na identificação das suspeitas de violência domiciliar destaca-se a anamnese em conjunto com o exame físico e também a visita domiciliar. A enfermagem precisa levar em conta todos os processos desencadeantes às agressões e desenvolver estratégias que trabalhem o idoso vitimado desde o acolhimento, acompanhamento e restauração de sua dignidade. Nesse contexto, é imprescindível a realização da denúncia ao órgão competente por parte não só do profissional da saúde, mas também de qualquer cidadão que tenha conhecimento sobre um caso de violência (comprovado ou suspeito), sendo isso uma forma de estratégia intervencionista no combate à violência contra a pessoa idosa. Conclusão: é necessário capacitar os profissionais da saúde e preparar os serviços de atenção para atender a demanda crescente das idosas vítimas de violência, efetivar as notificações e denúncias dos casos, para fortalecimento de um controle que seja mais rigoroso em concordância com as leis e políticas já existentes, bem como verificar a possibilidade da criação de novas políticas e protocolos que assegurem o bem estar físico e psicossocial da pessoa idosa.