A clínica médica eficiente desempenha um papel fundamental para a obtenção de um rebanho sadio e produtivo, onde os valores hematológicos possuem uma função importante sobre a avaliação clínica dos animais. No entanto, a escassez de dados para raças isoladas tem causado dificuldades na utilização segura dos índices hematimétricos. O gado Curraleiro Pé-duro por exemplo, é um animal resistente, bem adaptado às condições ambientais extremas, possui baixo custo de manutenção, mesmo assim está entre as raças ameaçadas de extinção no Brasil. Em função disto, realizou-se o experimento entre os anos de 2013 e 2014, na Estação Experimental pertencente ao Instituto Nacional do Semiárido (INSA) no município de Campina Grande-PB, com o objetivo de determinar os perfis e índices hematológicos de 60 bovinos sadios da raça Curraleiro Pé-Duro mantidos em pastagens nativas. Os animais foram alocados em subgrupos conforme a faixa etária em, G1 (>20-40 meses), G2 (>40-60 meses) e G3 (>60-80 meses). Os animais foram avaliados em relação ao número de hemácias (He), hemoglobina (Hg), hematócrito (VG), volume corpuscular médio (VCM), concentração de hemoglobina globular média (CHCM), contagem de plaquetas (PLT), linfócitos e monócitos. Os valores hematológicos estudados permaneceram padronizados entre grupos, não possuindo significância estatística, mas existindo diferenças nos valores hematológicos quando comparadas com outras raças, de forma que passa a ser de grande importância, o estabelecimento de valores referência para cada raça, com distintas localizações geográficas e submetidas a diferentes condições ambientais. Há uma necessidade de mais estudos a fim de obter maior precisão nos valores de referência do hemograma, considerando o máximo de influencias como a idade, sexo, manejo entre outros.