Ambientes aquáticos que recebem contribuições regulares de águas residuais e não possuem capacidade de autodepuração, podem acabar sofrendo com o processo de eutrofização, o que compromete a qualidade da água e a manutenção da vida aquática. Tendo isso em vista o objetivo deste trabalho é avaliar a qualidade da água de um pequeno açude por meio de caracterização físico-química, localizado no campus sede da Universidade Federal de Campina Grande – PB. Este corpo hídrico recebe contribuições regulares de águas residuárias oriundas de diversas fontes, internas e externas ao campus. Para tal foram selecionados três pontos de amostragem no lago, um a montante, um no centro e outro a jusante e determinados os indicadores físico-químicos: condutividade elétrica, turbidez, demanda bioquímica de oxigênio, demanda química de oxigênio, para a caracterização da qualidade da água. As conclusões desta pesquisa apontam para uma água muito poluída, com valores de DBO variando de 16,4 a 76,40 mg/L e DQO com impressionantes resultados com variação de 25,86 a 501,29; 68,97 a 522,82; 83,33 a 636,73, nos pontos a jusante, cento e montante respectivamente. A turbidez sofreu alterações consideraríeis no período, principalmente devido à estiagem e a constante perda de volume do açude, nas coletas de novembro a dezembro apresentou valores próximos a 200 NTU e a partir de fevereiro até a última campanha em março a mesma não ultrapassou a faixa de 40 NTU. Diante disso com o auxílio dos indicadores físico-químicos avaliados, constatou-se que a água do açude se encontra poluída, além de ter características similares a de águas de canais de drenagem de águas pluviais situados em Campina Grande, que recebem contribuições de esgotos. Sendo recomendado a precaução quanto ao uso dessa água e evitar contato direto com a mesma.