Introdução: O SAMU (serviço de atendimento móvel de urgência) presta-se prioritariamente ao atendimento em situações de urgência e emergência sendo, portanto destinado a clientes em situações bastante difíceis onde o medo e a ansiedade encontram-se presentes. O idoso estando em uma situação como essa tem como agravantes as alterações próprias do envelhecimento, como, por exemplo, a fragilidade óssea e cardiovascular o que acelera a progressão do quadro e, também, alterações auditivas e visuais que dificultam a comunicação, sendo necessário que a equipe saiba manter o diálogo de maneira a superar estas barreiras tranquilizando o cliente e a família. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem durante o atendimento de idosos pela equipe do SAMU. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicas da Universidade Federal de Campina Grande mediante as aulas práticas da disciplina cuidados críticos, ministradas durante o período de março a abril de 2013, no SAMU no município de Campina Grande-PB. Relato: Durante a assistência aos idosos percebeu-se a necessidade da comunicação como instrumento facilitador. Através do diálogo avaliamos o nível de consciência, colhemos informações e repassamos orientações além de tranquilizarmos os usuários. Orientamos quanto às situações em que podem ocorrer hipo ou hiperglicemia, picos hipertensivos e em relação à importância do horário e dosagem certa de medicação no sentido de evitar recidivas. Percebeu-se a importância de ouvir atentamente as pessoas idosas para elas poderem repassar aos profissionais informações importantes na avaliação e na decisão da conduta a ser adotada. Quando há dificuldades no processo de comunicação, os acompanhantes são importantes aliados. Entendemos que mesmo em situações mais críticas onde o foco é na realização de procedimentos o diálogo se faz necessário para monitoramento do estado mental do paciente e também para acalmar os cuidadores. Ao conversar com a equipe ouvimos que é necessário um bom conhecimento clínico para reconhecer quando o idoso sofre de problemas como demências o que pode por em dúvida a veracidade do seu relato ou se a possível desorientação é fruto do quadro momentâneo que o levou a necessitar de atendimento. Sabemos que há casos em que não há entre o idoso e os acompanhantes uma relação de confiança e as informações dadas por um e por outro podem ser contraditórias exigindo da equipe que se adote a postura mais prudente possível. É necessário ouvir e falar a ambas as partes, pois estas em conjunto são capazes de contribuir para a recuperação da pessoa idosa. Conclusão: A experiência que compartilhamos foi valiosíssima para o nosso aprendizado profissional. Através desta percebemos que a comunicação não só é possível de ser realizada em serviços de atendimento pré-hospitalar, como também é necessária para se prestar um bom atendimento.