INTRODUÇÃO: As plantas medicinais são ferramentas de cura e tratamento de doenças. Na terceira idade o acometimento por diversas enfermidades se torna comum à maioria dos idosos que não tiveram hábitos de vida saudáveis no decorrer da vida. Enfermidades psíquicas, como a ansiedade e as físicas como a hipertensão arterial, bastante comuns no envelhecimento, são tratadas ou tem seus sintomas amenizados a partir do uso de chás que fazem parte do saber popular da pessoa idosa. OBJETIVO: Este estudo objetiva descrever a utilização de plantas medicinais por mulheres integrantes de um grupo de pessoas idosas no Bairro do Jardim Quarenta em Campina Grande, Paraíba. METODOLOGIA: Trata-se de abordagem qualitativa descritiva. Foram sujeitos da pesquisa 14 idosas, integrantes do grupo de idosos Maria Amorim do bairro Jardim Quarenta, no município de Campina Grande, Paraíba, de idade igual ou superior a 60 anos, do sexo feminino. A pesquisa foi realizada entre os meses de abril e maio de 2013. Nos questionários foram abordadas questões de cunho social e relacionadas à utilização de plantas medicinais. Os dados foram tabulados para a melhor visualização dos resultados obtidos. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba sob o número CAAE 0094.0.133.000-08. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se que as idosas possuíam idades entre 62 e 89 anos. A idade diversificada representa os diferenciados fazeres e saberes no interior do grupo da terceira idade. Na população estudada 64,29% possuíam o 1º grau incompleto, possivelmente demonstrando o pouco conhecimento científico em fornecer informações com relação às plantas medicinais. Quanto às plantas, 78,57% das idosas afirmaram utilizar plantas medicinais, sendo 7,14% deste percentual correspondente as que utilizam raramente. A erva cidreira foi a planta medicinal mais citada (57,14%). Os problemas de saúde apontados, comuns no envelhecimento, são tratados com plantas na forma de chá. As idosas adquirem as plantas principalmente na feira livre e com vizinhos por não possuírem plantas com propriedades medicinais em suas residências. Os saberes a respeito das plantas em 50% da amostra foram adquiridos a partir da mãe e/ou avó, o restante foi conquistado em cursos e por indicação médica. 57,14% das idosas afirmaram não conhecerem plantas tóxicas. CONCLUSÕES: Conclui-se que as 14 idosas se encontram na faixa etária entre 62 e 89, possuindo baixo grau de escolaridade. A utilização de plantas medicinais representa um saber comum às práticas da população idosa, embora o cultivo não seja realizado na própria residência. As idosas endossam as propriedades terapêuticas das plantas medicinais, principalmente na forma de chás, sendo ponto de destaque no que diz respeito ao incentivo a estas práticas para amenizar sintomas advindos de enfermidades, bem como, na realização de práticas educativas que orientem as idosas adequadamente sobre as propriedades terapêuticas de cada planta, formas de preparo e utilização.