Este estudo objetiva realizar uma reflexão acerca do abuso sexual contra crianças e adolescentes, enfatizando as vítimas enquanto sujeitos de direitos e o papel da psicologia como interventor deste tipo de violência. Com isso, esse trabalho trata-se de uma revisão da literatura acerca do abuso sexual a crianças e adolescentes, legislação, definição de infância e adolescência, e, o papel da psicologia como interventor desta violência. Como resultados e discussão, obteve-se que as concepções de infância e adolescência são de caráter histórico, onde com o passar dos anos foi se instaurando certas legislações aplicadas a este público, até obter-se a vigente. Enfatizou-se que o abuso sexual pode ser combatido através de uma rede afetiva e social, onde diversas redes, como a do direito e da saúde, devem estar unidas, olhando não só pelo bem-estar da vítima, como também da família. Sobre o papel da psicologia, o mesmo foi relatado como uma atividade especializada, psicossocial, e psicossoeducativa a ser realizada com outros profissionais e em grupo, destacando-se o Centro de Referência Especializada de Assistência – CREAS. Desta forma, concluiu-se que o abuso sexual é uma violência ainda vigente no Brasil, sendo as crianças e adolescentes sujeitos de direitos perante o Estatuto da Criança e do Adolescente, devendo haver uma maior integração entre as áreas de saúde, jurídico, hospitalar e educacional para se prestar um serviço de qualidade às vítimas, dando-se atenção também a família.