A escrita deste texto está ligada ao nosso interesse recente pelas discussões em torno da Cultura Visual, associando-as com questões de gênero e sexualidade e o seu envolvimento e interesse pelo campo da educação. Desde 2006 há um investimento do governo federal brasileiro, em articulação com a pauta de luta e de reivindicações dos grupos gays organizados, pela introdução de temas relacionados às orientações sexuais nas escolas, servindo para problematizar a escola, a formação docente e o currículo. Parte dessas ações está direcionada a produção de material didático. Dessa forma, realizamos uma pesquisa a partir do PNLD para analisar os livros didáticos que estão sendo adotados pelas escolas públicas municipais na cidade de Juiz de Fora e que abordam as novas configurações familiares e suas relações com as homossexualidades. Materiais didático que são destinados aos professores e escolas, investindo na formação e num tipo de professor e escola necessários para a atualidade e emergência da temática da diversidade sexual. Esta proposta toma como referenciais teóricos os Estudos de Gênero, Culturais e os da Cultura Visual que relacionados à perspectiva pós estruturalista pretende contribuir e ampliar a discussão das questões que estão presentes nos livros didáticos possibilitando problematizar as categorias, as dicotomias e os limites da cultura visual pós-moderna. Como a possibilidade dessas relações está contribuindo para fortalecer a articulação entre discursos, saberes e poder, tanto nos livros didáticos quanto na constituição do que é ser homossexual?