Este trabalho visa a analisar e discutir algumas contribuições socioculturais e científicas apresentadas nas diversas mídias sobre a Lei de Cotas Raciais, com intuito de participar desse debate e oferecer esclarecimentos sobre os dispositivos governamentais e mais especificamente alertar sobre os riscos que ronda essa política de ação afirmativa instituída pela Lei 12.711, em 2012. A sociedade tem feito um grande esforço para desmitificar a democracia racial brasileira, mas à medida que os silenciamentos impostos por um colonialismo ocidental da branquitude, fortemente abraçadas pela elite brasileira, são tenuamente rompidos, os brancos estão saindo da sua zona de conforto para lutar por vagas universitárias e profissionais que, anteriormente, eram quase exclusivamente suas. A discussão e problematização do racismo no Brasil também se justifica pelas alegações de que as cotas raciais promovem ainda mais preconceito, sendo o que mais se observa nas declarações de senso comum e de estudiosos contrários à lei, enquanto os que são a favor argumentam que, muito mais do que uma retratação histórica do passado, as cotas chegaram para promover pluralismo racial em espaços ainda hegemonicamente brancos na contemporaneidade, como as Instituições de Ensino Superior Públicas.