Compreendendo a ética sexual como uma apreciação das considerações morais aplicadas aos relacionamentos e práticas sexuais humanas, este estudo objetivou analisar a sexualidade moralmente permissível para as feministas radicais, evidenciando acontecimentos que podem garantir as condições de uma sexualidade sem dominação/exploração. Constituiu-se em uma pesquisa de natureza bibliográfica na qual analisamos escritos de feministas da década de 1970, chamadas de radicais, a exemplo de Kate Millet e Shulamith Firestone. Como resultado foi possível demarcar a contribuição ético-política do feminismo radical, na configuração de uma nova sexualidade feminina, posto que sua crítica se estabelece em um modo de superar o afastamento entre ética e política, ou seja, uma reconciliação entre o que foi aniquilado pela política sexual e ética de cunho patriarcal: o desejo de ser quem se é num mundo em que o sistema de privilégios seja repelido, para que todas as pessoas possam ser incluídas e um vasto espectro da alteridade e diversidade possa existir.