A doença de Parkinson (DP) é conhecida pela predominância de sinais e sintomas motores, porém a presença de déficits na integração sensorial têm sido identificados e podem contribuir para os comprometimentos do andar, especialmente em ambientes complexos. A negociação com degraus exige planejamento e modulação das estratégias motoras de acordo com as características do ambiente, requerendo interação dos sistemas sensoriais e motores para o êxito da tarefa. Assim, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da altura do degrau e da informação visual na fase de transposição de degraus em paciente com DP. Participaram 15 idosos com DP (idade: 71,47±6,67 anos) e 15 idosos neurologicamente sadios (GC) (idade: 69,33±5,08 anos). Os participantes foram posicionados à uma distância de 6m do primeiro de degrau de uma escada de 4 degraus, com mecanismo de modulação da altura do primeiro degrau, e orientados a andar e subir até o fim da escada, sendo a abordagem do primeiro degrau realizada com o membro inferior direito. Duas alturas para o primeiro degrau (11cm e 20cm) foram utilizadas para investigar o efeito da altura do degrau. Para manipulação da informação visual foi fixado ao tronco do participante uma barreira visual que impedia a visualização do pé. Cinco tentativas para cada condição de altura e informação visual (com ou sem a barreira visual) foram realizadas, todas as tentativas foram randomizadas. O registro cinemático da tarefa foi realizado por um equipamento optoeletrônico. As variáveis da transposição utilizadas foram: distância vertical do membro de ultrapassagem (dvmu), distância vertical do membro de suporte (dvms), distância horizontal do membro de ultrapassagem (dhmu) e distância horizontal do membro de suporte (dhms). A análise estatística foi realizada por meio de ANOVAs para 3 fatores (grupo, altura e informação visual), posteriormente foi empregado teste de post hoc para verificar a diferença entre os fatores. O nível de significância adotado foi de p