Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES IDOSAS DE UM MUNICÍPIO DO CEARÁ: “OUTUBRO ROSA” NA PRÁTICA

Palavra-chaves: CÂNCER DE MAMA, PREVENÇÃO, EDUCAÇÃO EM SAÚDE Pôster (PO) Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

Introdução:O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e é o mais comum entre as mulheres, sendo que 50% são mulheres com mais de 65 anos e 30% dos casos são mulheres acima de 70 anos. Como há uma grande população feminina de idosas, torna-se necessária a implantação e execução de medidas que visem o diagnóstico precoce do câncer mamário junto a essa faixa etária, principalmente por meio de ações preventivas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as taxas de mortalidade por câncer de mama em mulheres acima de 60 anos, no Brasil, continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados e o tratamento é dificultado por vários fatores, como subestimação da expectativa de vida, toxicidade do tratamento, interação medicamentosa, entre outros. Por isso, visando chamar atenção da população idosa para a realidade do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, realizou-se, em outubro de 2012, a Campanha “Outubro Rosa”, na cidade de Sobral-CE, a fim de pesquisar o estilo de vida dessas idosas e orientá-las sobre a prevenção do câncer de mama. Objetivo:Traçar o perfil epidemiológico das mulheres idosas que participaram da Campanha “Outubro Rosa” e orientá-las sobre a prevenção do câncer de mama.Metodologia:Foi realizado um estudo descritivo numa amostra de 36 idosas, que foram atendidas pela equipe do Outubro Rosa na cidade de Sobral, durante uma manhã. Os dados foram coletados por meio de entrevista estruturada previamente, feita por membros da Sociedade Científica de Oncologia de Sobral. As variáveis estudadas a partir dessas entrevistas foram: escolaridade, idade, estado civil, naturalidade, tabagismo, atividade física, etilismo, terapia de reposição hormonal, paridade e história familiar de câncer de mama. Além disso, houve aferição da pressão arterial, determinação da glicemia de cada participante da campanha e palestras sobre prevenção do câncer de mama.Resultados:Dentre as mulheres entrevistadas, a média de idade foi 65,2 anos, sendo a faixa etária de 60 a 74 anos. Quanto à escolaridade, 43,2% tinham o ensino fundamental; 24,3%, o ensino médio; 5,4%, o ensino superior; 8,1% eram analfabetas e 18,9% não souberam responder. Em relação ao estado civil, 17,2% solteiras, 58,6% casadas, 20,7% viúvas e 3,4% divorciadas. Quanto à naturalidade, 55,5% eram de Sobral e 44,5% de outra cidade.19,4% eram fumantes e 80,5% não-fumantes, 30,5% praticavam atividade física e 69,5% não praticavam, 5,4% eram etilistas e 94,6% não eram, 13,8% faziam uso de terapia hormonal e 86,1% não faziam. Em relação à paridade, 11,2% nulíparas e 88,8% com filhos. 13,8% tinham casos de câncer de mama na família e 86,2% não tinham.Conclusão:Os dados direcionam nossa avaliação para um perfil de mulheres alfabetizadas, a maioria casada e com filhos, sedentárias, porém sem hábitos prejudiciais (maioria não-fumante e não-etilista), em que uma minoria faz uso de terapia hormonal. A história familiar de câncer de mama está presente em uma parcela significativa das idosas entrevistadas. A campanha contribuiu para o papel social da universidade, promovendo educação em saúde e conscientização da prevenção na comunidade.

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