As membranas atuam como barreiras semipermeáveis onde o fluido é forçado a passar por uma interface porosa que retém as partículas sólidas imiscíveis. Nesta técnica a filtração pode ocorrer por meio de dois modos operacionais, que se diferem pelo seu escoamento: tangencial ou frontal. Dependendo do uso a que se destina, as membranas são obtidas com diferentes configurações, morfologias e composição, podendo ser fabricadas a partir de materiais orgânicos (polímeros) ou inorgânicos (cerâmica, vidro, metal e carbono). Este artigo visa apresentar definições, características e possíveis aplicações das membranas, com destaque para as membranas cerâmicas, que vêm sendo cada vez mais empregadas em vários setores industriais, pois apresentam diversas vantagens e soluções para as limitações de suas similares poliméricas, como vida útil elevada e limpezas mais eficientes. Dentre os processos que mais utilizam membranas cerâmicas estão a microfiltração, ultrafiltração e nanofiltração. Porém, em virtude do seu alto custo e fragilidade, torna-se essencial à otimização desta tecnologia na busca de materiais mais baratos e resistentes.